O que é o Estoicismo

O que é o Estoicismo

O estoicismo, uma antiga escola filosófica que surgiu na Grécia Antiga, preza pela fidelidade ao conhecimento e foco no que pode ser controlado pela pessoa, desprezando sentimentos externos como paixão e desejos extremos. Criada por Zenão de Cítio em Atenas por volta de 300 a.C., a doutrina ficou conhecida em Roma, defendendo que o universo é governado por uma lei natural divina e racional.

Zenão, discípulo de Parmênides, iniciou o método dialético como forma de argumentação sistemática. Especula-se que tenha nascido entre 490 a.C ou 501 a.C e morreu por volta de 430 a.C., sendo o mais destacado discípulo de Parmênides, desenvolvendo argumentos armados como aporias. Participou ativamente da vida pública e política de Eleia, conspirando contra o tirano Nearco, o que culminou em sua prisão e tortura.

O estoicismo ensina que a verdadeira felicidade depende da “virtude” e não do “vício”, defendendo a manutenção de uma mente calma e racional diante das circunstâncias. Os princípios da filosofia estoica incluem valorizar a virtude, priorizar o conhecimento e agir com a razão, além de aceitar a vida como ela é.

Os ensinamentos da filosofia estoica buscam ensinar a agir racionalmente, mesmo na presença de sentimentos como desejos, dor, medo e prazer. A ataraxia, a autossuficiência, a negação de sentimentos externos e o enfrentamento dos problemas pela razão são fundamentais para a prática do estoicismo.

Diferente do Epicurismo, que busca prazeres moderados para alcançar a tranquilidade, o estoicismo prega a eliminação dos prazeres e ações racionais diante de todas as circunstâncias. Enquanto o Epicurismo é materialista, o estoicismo acredita na ordem natural e divina do universo.

Principais filósofos estoicos incluem Zenão de Cítio, fundador da escola estoica, e Marco Aurélio, um imperador romano que seguiu o estoicismo durante seu reinado de 19 anos, mantendo a paz e tranquilidade diante das adversidades.

Marco Aurélio compilou os seus pensamentos e conclusões sobre a vida no livro intitulado “Meditações”. Uma frase do imperador que resume bem o pensamento estoico é: “A felicidade da sua vida depende da qualidade dos seus pensamentos”. Epiteto, a segunda maior referência do estoicismo, nasceu como escravo e fundou sua própria escola estoica, ensinando pessoas influentes de Roma, incluindo o imperador Marco Aurélio. 

Seus ensinamentos estão compilados no livro “Manual de Epiteto”. Uma frase que explica a doutrina estoica é: “Desterra de ti desejos e receios, e nada terás que te tiranize”. Sêneca, tutor de Nero e filósofo estoico, foi um dos principais representantes da filosofia no Império Romano. Seus pensamentos estão compilados 

no livro “Cartas de um Estoico”. O estoicismo é dividido em três principais períodos: ético, eclético e religioso. No estoicismo antigo ou ético, Zenão de Cício e Crisipo de Solunte desenvolveram a doutrina estoica. No estoicismo médio ou eclético, a influência de Platão e Aristóteles se fez presente através de Panécio de Rodes e Posidônio de Apaméia.

 Na fase religiosa ou recente, o imperador Marco Aurélio foi um dos principais representantes. Os princípios do estoicismo incluem a virtude como caminho para a felicidade, priorização do conhecimento e da razão, o universo regido por uma razão divina, a importância das ações sobre as palavras, e a aceitação do que não pode ser controlado. 

A filosofia estoica ensina a manter uma mente calma e racional, focando no que pode ser controlado e aceitando o que está fora do domínio da pessoa. A ataraxia, autossuficiência e a negação de sentimentos externos são enfatizados como forma de alcançar a felicidade. 

 

Enfrentar os problemas através da razão é o que a filosofia estoica prega na busca por uma vida tranquila e feliz. A perfeição moral e intelectual é alcançada ao ignorar fatores externos adversos. Mesmo diante da adversidade, manter a calma, tranquilidade e racionalidade é essencial para não comprometer o julgamento e ação.

O Estoicismo e o Epicurismo possuem diferenças fundamentais. Enquanto o estoicismo valoriza o uso da razão, a negação dos prazeres terrenos e a aceitação das dores como parte da vida, o epicurismo defende a busca de prazeres moderados para alcançar tranquilidade e liberdade da dor. No entanto, o exagero nos prazeres pode gerar perturbações e dificultar a busca pela serenidade, felicidade e saúde.

O estoicismo acredita na ordem natural e divina do universo, enquanto o epicurismo é materialista e não reconhece uma ordem racional que governa o universo. Principais filósofos estoicos como Zenão de Cítio, Marco Aurélio, Epiteto e Sêneca contribuíram para o desenvolvimento e disseminação dessa doutrina filosófica.

O estoicismo é dividido em três fases: ética, eclética e religiosa. Cada fase teve seus representantes e características marcantes, desde Zenão de Cício até a era do estoicismo religioso. O uso da razão, a tranquilidade e a busca pela felicidade são valores fundamentais que permeiam todas as fases do estoicismo.

Fases do
estoicismo

O estoicismo é dividido em três principais
períodos: ético (antigo), eclético (médio)
religioso (recente).

Fase 1

O chamado estoicismo antigo ou ético foi
vivido pelo fundador da doutrina, Zenão de Cício (333 a 262 a.C.), e foi
concluído por Crisipo de Solunte (280 a 206 a.C.), que teria desenvolvido a
doutrina estoica e a transformado no modelo conhecido na atualidade.

Fase 2

Já no estoicismo médio ou eclético, o
movimento começa a se disseminar entre os romanos, sendo Panécio de Rodes (185
a 110 a.C.) o principal motivador da introdução do estoicismo na sociedade
romana.

A característica mais marcante deste período, no
entanto, foi o ecletismo que a doutrina sofreu a partir da absorção de
pensamentos de Platão e Aristóteles. Posidônio de Apaméia (135 a.C. a 50 d.C.)
foi o responsável por esta mistura.

Fase 3

Por fim, a terceira fase do estoicismo é conhecida
como religiosa ou recente. Os membros deste período enxergavam a
doutrina filosófica não como parte de uma ciência, mas como uma prática
religiosa e sacerdotal. O imperador romano Marco Aurélio foi um dos principais
representantes do estoicismo religioso.

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